domingo, 25 de novembro de 2012

São José do Rio Preto no branco

Entre as maravilhas de São José do Rio Preto-SP, está a sua represa; de dia a cidade luta no vai e vem do ganho material, as vias mais parecem veias e artérias com seus muitos veículos. A noite, a cidade se encontra na represa, com suas muitas capivaras e uma ponte de madeira que nos faz adentrar no Rio Preto. A direita, pra quem olha em direção ao SESI, observa-se uma centenária com aspectos brancos em seus galhos. Tamanha admiração advêm das garças em seu descanso, na velha árvore a margem do açude. A cena é deslumbrante; me fez pensar no poema de Castro Alves, "Eu Sou Como a Garça Triste"; ou a música de Pena Branca e Xavantinho, "Cuitelinho". Realmente, São José do Rio Preto é inspiradora, anoitece, mas não escurece, pois as garças clareiam a árvore e a vida dos Rio- pretenses.

sábado, 10 de novembro de 2012

Tamanha Timidez

No quadro negro, a professora explicava para a turma da segunda série primária, mas Jairo não conseguia se concentrar. Ele havia contado os minutos para o recreio; quando  o bendito sinal bateu, saiu correndo em direção ao banheiro; em seu trajeto, fora desviado pela conversa da merenda especial. Por uns instantes, pensou, elaborou um plano, pegaria o lanche especial e depois sobraria alguns minutinhos para o banheiro. A fila demorou desatar, quando chegou a sua vez o melhor já havia acabado; fazer o quê, comeu o que ainda restara. Apressadamente deu passos em direção ao banheiro e, todos os meninos tiveram a mesma ideia. Escutou o sinal para entrada em classe; muito tímido, medroso de todas as coisas;  pensou  na cara de reprovação da professora, correu para sala de aula. A professora começou a escrever e explicar, mas Jairo só pensava em fazer xixi. Em sua tamanha timidez, não consegue solicitar à professora sua emergência, ela pode ficar brava, pensa o menino. Sua bexiga já aguentara o bastante, o líquido desce pernas abaixo; ele sentado, sente a quentura fazer o percurso e depois em queda ir ao chão. Vermelho, ora para que seja apenas um sonho. Uma aluna na fileira ao lado esquerdo, percebe e comenta para as outras que chega aos ouvidos da educadora. Em ira, ela grita; ele fez de tudo para isso não acontecer. Em meio aos gritos e risadas, o menino fita o chão, o líquido amarelado é a sua melhor opção.

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"ESPERAREI"

Esperarei domingo; Esperarei sorrindo; Esperarei sonhando; Esperarei dormindo; Esperarei um amigo, Um abrigo, um lindo dia de sol.