segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Esperado Heitor

O esperado aconteceu,
Heitor nasceu.
Não era visto, mas amado,
Agora junto olhado
Pelos genitores mais abençoados.

Tu és dádiva, sim, presente perfeito
Que se alimenta de sua mãe.

És cópia fiel de seu pai
Que lhe atrai e satisfaz.

Príncipe de Azul, que
Veio ao meu encontro,
Que aos cinco dias de vida,
nada falou, mas deixou registrado
O que é o amor.
Deus Lhe abençoe.

Tantas Outras Histórias

Gostava-me quando criança de ouvir as histórias de minha mãe. Nascida em Igarapava-SP, de uma família de dezesseis irmãos, vizinhos do então desconhecido Jair Rodrigues. A vida, conta mamãe, era simples, num sítio; fala de vovô Sebastião e vovó Delminda Brandão; vovô de personalidade quieta, calma e serena, funcionário público; vovó o inverso, uma pólvora em pessoa, pronta para explodir. Agora, imaginem com dezesseis filhos aprontando as coisas normais da idade, por milagre que vovó não enlouqueceu.
Querendo ajudar na economia doméstica, vovó foi trabalhar de doméstica, deixava os mais velhos cuidando dos mais novos. Pronto, tio Luizão o mais velho já estava com as tarefas do lar definidas: lavar as roupas, limpar a casa e esquentar o almoço. No entanto, sem supervisão ele aprontava, amedrontava os menores para obedecer-lhe, senão apanhavam. Sobre as ordens do primogênito, subiam nas goiabeiras e tantas outras eiras que existissem, tomavam leite na própria vaca, brincavam; quando chegava a hora de vó Delminda voltar, Luizão colocou seu plano em ação. A casa de chão batido fora lavada, a água não escoava, e qual engenheiro perito partiu para a solução simples de furar as paredes rentes ao chão fazendo a água sair. As roupas limpas tiraram do guarda roupa e molharam no tanque, dando a impressão de tê-las lavado, pendurou-as no varal, escondendo o cesto de roupas sujas. Aprontou todos para o banho, afinal a matriarca inspecionaria. Vó Delminda colocou os pés no sítio sentindo que algo muito errado ocorrera, percebeu o estado calamitoso da casa, notou que as roupas limpas estavam no varal e desistiu de vez de seu trabalho secular. As evidências a convenceram de que a família necessitava muito mais dela. Não pense que termina assim, pois todos levaram uma boa surra, principalmente tio Luizão. Até hoje, eu sento pra ouvir  minha mãe contar essa e tantas outras histórias.

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"ESPERAREI"

Esperarei domingo; Esperarei sorrindo; Esperarei sonhando; Esperarei dormindo; Esperarei um amigo, Um abrigo, um lindo dia de sol.