Nanda, dezoito anos, olhos esverdeados; por família, simpática e de conversa muito agradável. Aquela menina mulher de corpo estonteante, escondia um desejo muito peculiar à espécie, queria ganhar flores. Quem poderia imaginar que ao primeiro ramalhete de flores, Nanda se desmancharia de puro prazer, satisfação e contentamento.
Qual ela gostava mais? Será de rosas, begônias, cravos, margaridas, violetas, do campo ou silvestres? A sua preferência era simples: FLORES. Quando ganhou seu primeiro buquê de rosas (cor-de-rosa) até chorou. Sua mãe com grande sensibilidade havia lhe mandado as rosas. Comprou as mais bonitas, rosas preparadas para uma mulher menina receber.
Ela por uma semana e meia sonhou, esmoreceu, parecia estar completa. As flores começaram a morrer, murchar, mesmo com todo o cuidado de suas delicadas mãos, prestativas, uma botânica nata. Os sonhos de Nanda e sua esperança de que alguém lhe mandasse flores, era regada com seus sentimentos mais íntimos e iluminada pelo sol.
A cada umedecida, seus olhos tinham vida, ao cair da menor pétala, balbuciava um elogio para que a flor conseguisse perdurar.