"A VERDADE BRILHA, MAS NÃO CEGA "

Verdade clara que me afasta do astro mor
Como posso viver a luz dessa verdade brilhante?
Deixei a mentira habitar meu coração pulsante!
Agora, vejo-te no céu, adeus amor.

Em meu egoísmo, quis os seus raios só pra mim
Esqueci que fora criado para todos nós
Deves brilhar aos seus filhos, do velho ao menor
Continues raiando, cuidando desse lindo jardim.

Mais tarde, seus raios me encontrarão,  emoção!
Saberei bronzear, aproveitar, sem me queimar
Como serei feliz, sentimentos do coração.

Deixar um grande amor, meu forte sol chegar e passar
Há coisas nascendo e na primavera florirão
Passe o tempo, passe o medo, pro céu vou sempre olhar.

Crédito da foto : www.pixabay.com 

"AO FALAR DE..."

Ao falar de vida
Lembro-me da morte
Mas por que se eu existo?
Embora a mísera existência
Não acrescenta sorte.

Ao falar de amor
Lembro-me da dor
Mas por que o sofrimento?
Há em sua existência
Ódio,  repulsa, padecimento.

Ao falar de você
Lembro-me e não esqueço
Mas lembrar-se do quê?
De que és vida
Assim, morrer em miséria
Ao lado seu,  eis o apogeu.

Que és amor
Quero nesse sofrimento,
Descomedimento, gritar de dor.

Quem és tu?
Que nem a morte, a miséria e o
Sofrimento não extingue

Que em seu último fôlego
indo embora se renova,
se resume e se assume: AMOR.

Crédito da foto: www.pixabay.com 

"A BOCA DO TEMPO"

Falo de um tempo em que eu e você
Não precisaremos dar as mãos,
Elas serão um só coração.

Falo de um tempo em que a tristeza
Arrumará sua mala e viajará para
Longe, de quando em vez voltará
Para os olhos não ficarem secos.

Falo de um tempo onde todas as
Controvérsias serão resolvidas por
Uma conversa, uma piada, e todos rirão.

Falo deste tempo em que o amor não
Será segredo. Nos sentiremos amparados,
Guardados e amados. Tudo terá cor,
Eu, você e  todos ao redor.

Do tempo em que o tempo não se irá mais
Contar, do tempo em que o tempo nos
Permitirá viver aquilo que se nos preparou
Indefinidamente.

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"PLOF, PLOF, PLOF"

Plof, plof, plof
Eis o barulho da vida no silêncio
sombra ao luar, cabelos ao vento
Na minha memória,  a sua figura
que nem o mau bom tempo desfigura.

Plof, plof, plof
Eis que acabou todo seu tormento
em trajes ultrajas mundo nojento
O que era seu, por direito meu
Partiu, rachou, o valor se perdeu.

Plof, plof,
Em noite quente, sensação fria
No vale da sombra tudo termina
Paro eu pensando na minha vida
Vida que se vai sem vida,  vida.

Plof,
Passos que vão parando de passar
Passou ligeiro o que demorado é
Não dei Tchau,  nem vesti aquela beca
Então,  por que pressas?

Silencio.

Crédito da foto : www.pixabay.com 

"SOLNETO"

SOLNETO

Mui tímido ele foi surgindo
Pouco a pouco se firmando
Com raios tudo colorindo
O dia agradável ficando.

O tempo negro passara
Os ventos levaram os ais
Afinal, o dia começara
E o sol brilhava mais mais.

Reparei na flor se abrindo
Sua fragrância exalando
Suas cores tudo colorindo

O dia agradável sumindo
A flor ia se descolorindo
E o sol não brilhava mais

Copyright Marco Alexandre Dias da Silva