www.pixabay.com
Naquela fria manhã, a caneca com café evaporava meus pensamentos. Quem pode confiar no Homem? Era a pergunta que volta e meia insistia no meu cérebro. Voltei quando criança, aonde perguntas eu sabia as respostas. Talvez seja porque na teoria nada é prática. Olho na janela, 'janela do meu quarto de um bilhões de mundo que ninguém sabe quem é (e se soubessem quem é, o que saberiam?)', diz "Pessoa" em seu poema "Tabacaria". Na tela do notebook persisto em olhar as janelas alheias, bebo o café já frio como a pergunta que fizera. Perder a oportunidade de deputar em alguém é algo não gostoso, tudo esfria. O café esfria, a vida esfria, há de se viver com as possibilidades. Entretanto, as janelas continuam abertas, algumas nem se fecham, são os loucos gênios querendo encontrar alguém real.