"GRANDES PAIXÕES"

Foi um sonho!

Aconteceu entre às 04h10 da madrugada; fui transportado a um teatro, oras, teatro foi a minha primeira paixão na vida. A diretora, loira, cabelos curtos, baixa, jovem dirigia uma cena de um sucesso de Elizabeth Savalla e Fúlvio Stefanini, numa versão atual, com novos atores. Eu, no palco, conversava como se fôssemos íntimos, ao menos na profissão. Tudo aquilo me preenchia como ar que sustenta a respiração. Num determinado instante, instantes de sonhos bons, a peça começou e se misturava com a música "João e Maria", do Chico. Curiosamente, eu fiquei deitado como fico em casa, no chão com um travesseiro apoiando a cabeça. Alguém sentou-se ao meu lado, pegou as minhas mãos; não me virei pra indentificar, havia uma certeza que aquilo proporcionava-me plenitude. Fui acordado no sonho pela diretora, fingindo não estar dormindo eu falava animadamente. Acordei. Agora de volta à realidade, curei-me da ressaca de dois grandes amores.

E.T.: Acho que foi um anjo.

"Uma Oração Para Jesus ... Carolina Maria de

 

  Crédito: www.pixabay.com

Meus pedaços foram ficando no caminho, meio torto, meio humano. Acreditava-se que em mim havia o desprezível, assim como Caim, minhas oferendas a Deus eram ofensivas por causa da descendência de Cã. Necessitavam de um culpado, pois eles não erram. O erro era meu. A humilhação e a indignidade abraçaram-me dia após dia, não importava o lugar, o ano, às horas. Contudo, busquei outros Deuses que fossem mais humanos. Deparei-me com divindades diferentes, metade humana e metade animal; fui mais além, pois escravidão obrigou-me a viver em cativeiro, o pior deles, dentro de mim. Conheci os pretos que assim como eu, sofreram, mas hoje eram meus guias. Jinguei na capoeira da vida, nesse balanço fui recolhendo meus pedaços em Machado, minhas angústias em Castro, os meus gritos em Barreto. Cantei o "Canto do Cisne Negro", como Lino Guedes; fugi para os Quilombos dos Palmares, apeguei-me a santíssima Trindade de Solano, Luiz Gama e Lima Barreto. Finalmente, à Arte de Elisa Lucinda fez me apegar a Nossa Senhora da Conceição Evaristo. Amém!

"Vinte e oito"

Foto: Arquivo Pessoal

Da febre mais alta sentida

Na idade mais baixa recordada

O amor sempre está e estará presente

Basta fitar os seus olhos, eles não sabem mentir.

São 28 tentativas, 28 acertos, 28 virtudes, 28 modos de te reler, mas um só jeito de te conhecer: amando-o. 

Que todo o bem, glória, cheguem a você facilmente por mais 28 milhões de anos.

Parabéns!❤️😘🎂🎁🎈

O Pequeno Monge e a Fina Chuva

Crédito da Foto: www.pixabay.com

A Fina Chuva depois de uma trovoada continuava molhando a terra. O pequeno monge, entediado, queria se movimentar. Sentado em uma das colunas do templo, observava o mexer dos pássaros, das formigas, das coisas vivas. Fitou a vegetação verde que sorria abençoada com às águas dos céus. Levantou-se, sentiu a fina chuva molhando sua veste, seu corpo; de repente, começa a dançar ao som daquela frequência, com movimentos precisos de sua linhagem coreógrafa a gratidão por tudo que recebeu.

"MESO A MESO"

Foto: Arquivo Pessoal

Ao meio é razão

O restante visão

Seu coração fala

Metade é amor

E a outra metade idem

"Coração Tamanho"

Foto: Arquivo Pessoal

Quem sentiu-se só na estrada

Valoriza o caminho e sua caminhada.

Em suas mãos passaram morte e vida, derrota e vitória, carência e abundância.

Ah, coração, é do tamanho de suas ações, o universo parece diminuto dentro dele, pois Cristo lá habita.

Um silêncio, um sorriso, um enxugar de lágrimas a impulsiona na estrada do amor.

"De Braços Abertos Para o Novo"

Foto: Arquivo Pessoal

Com os pés na terra, de braços abertos para o céu, há um rio que corre fixando a intensidade das emoções. Como criança o novo a atrai, incansavelmente ela procura todas as respostas que estão dentro de si e, através da metamorfose imperceptível aos olhos literais há seu crescimento.