Com a caveira na mão, Hamlet soltou tal jargão:
"Ser ou não ser, eis a questão". Ora tragédia, romance
Ou comédia, no papel se assentava suas quimeras.
Como sábias que "A Megera fora Domada"? Que "Pericles,
O Príncipe de Tiro" sofreria seu martírio? Que "Sonho de
uma Noite de Verão" era ficção? Que "Macbeth" e "Rei Lear"
Enfrentaram traição?
"Romeu e Julieta" quase uma opereta. "A Tragédia de Júlio
César", "Ricardo III", "Henry V", "A Comédia dos Erros", "Titus
Andronicus", "Muito Barulho por Nada", "Noite de Reis", "Me-
Dida por Medida", "Otelo", "Antônio e Cleópatra", "Coriolano",
"Cimbelino", "Conto de Inverno" e "A Tempestade" sendo sua
Despedida dos palcos.
Há dúvidas a respeito de Shakespeare, mas há uma Sólida
Razão de acreditarmos, que as mãos de uma Pessoa ou de
Várias, redigiram clássicos de contos Universais, cuja a
Grandiosidade excedeu os céus Da Inglaterra, nos teatros
“ elisabetanos ”, alcançando Os teatros, cinemas e escritos
Em todo o canto.
Em 23 de abril deste ano, sua morte completa 400 Anos;
Mesmo que outro nasça, tal façanha ninguém ultrapassa.
Minhas obsequiosas prolfaças.
