No bar, após ouvir
À Bahia zombada,
Cecéu, sobe na
Cadeira e devolve
A troça brasileira.
Não perdoa ofensor,
Nem cidade e estado.
Pronto, sua alma
Estava refeita.
Tece a teia,
Arma um projeto de vida;
Vida que aqui cai,
Seja bem-vinda.
Tece, empenha-te a fio,
Não sabes quem irás
Desmanchar.
Trama, pois por trama
Chegarás ao fim. Trema.
Saiu nu do ventre da mãe.
Agora, despido estás e não
Se envergonha. Pudera!
Roupa alguma lhe cai bem.
Só a honestidade, fidelidade,
Lealdade e o amor. Em nudez,
Enxergamos seu grandioso
Coração.
Parabéns, Daniel Cardena Miranda , por mais um ano de
Muitas virtudes, 31 qualidades.
Por amor se doa, se priva,
Se entristece, se alegra, se
Esquece de lembrar e
lembra-se de esquecer.
Por amor se entrega, se
Sonha com os pés na
realidade, sente - se
Completo no vazio da
Vida.
Por amor se morre a
Cada instante, embora
Se renove . Por amor
remove-se mágoas,
desiste-se da guerra, por
Ele há trégua.
Por amor se chora, mesmo
Sozinho, por amor ri-se de
Qualquer ato bobinho. Numa
Complicada relação interna,
se faz viver, deixa-se viver.
Embora não o entendamos,
por amor somos o que somos.
Em sua luta existencial, G.H. comeu
A massa branca da barata. Branco
Também, era o leite materno do amor.
O que fazer quando massa rejeita massa?
É aí que se engana o leitor. Acostumado
A engolir e digerir tudo, a do inseto
Cascudo, é a menos suja desse mundo.
Assim nos escreveu Haia, em seu
Brilhante intelecto, palmas para a grande
Escritora: Clarice Lispector!