DANIEL NA COVA DOS
LEÕES
Nas profundezas do eu, há coisas não reveladas.
Na escuridão da cova, mal resolvidos, num ato de
Destemor vi-me sem saída.
Não há quem entenda, embora escute;
Não há quem sinta, mesmo usando de sensibilidade.
Fiquei nas grades da tristeza, preso em meu julgamento;
Coisas putrefatas exalam perfume diante do que sou e sinto.
A boca molhada, o nariz encharcado, os olhos embaçados;
Magoei e estou magoado.