Na alma, um frio.
Não comum, mas cortante,
Uma dor insuportável que
Combatida com qualquer
Tratamento medicamentoso,
Não se esvai.
Não tomei a vacina, achava que
A aspirina resolveria Todos os ais.
Por uma década e quatro
Anos você suportou o
Peso dessa dor, meu espanto,
Não reclamou.
O culpado sou eu em
Detrimento dos meus,
Já resolvi. Embora, o mal
Não quero, preciso deixar
De viver uma farsa.
Sei deveras, que contribuí
Para o seu martírio, esse mal
Também vai passar, seu coração
Se acalmará e o objetivo de sua
Vida retornará.
Saio de uma cela e vou para
Prisão de minha escolha,
Hoje, a solidão.
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